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segunda-feira, julho 11, 2005

Recordando ... Pablo Neruda

CEM SONETOS DE AMOR

XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem a sua metade de frio.

Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.

O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.

PABLO NERUDA

5 Comments:

At 1:15 da manhã, Blogger heidy said...

Gosto muito do texto de despedida dele. Acho lindo.

 
At 1:06 da tarde, Blogger O Homem das Ilhas said...

O amor é, definitivamente, um gajo estranho ...

 
At 3:18 da tarde, Blogger heidy said...

O amor é aquele sentimento que ninguém sabe definir. Não é um nitrofurano (acho que é assim que s escreve).

 
At 5:14 da tarde, Blogger O Homem das Ilhas said...

Com esse comentário ...
Fiquei ...
Sem palavras ...

 
At 8:37 da manhã, Blogger heidy said...

:x Não digo mais nada....
só no próximo coment. Não quero estragar o momento. :)

 

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